Amantes das pimentas e curiosos, separei esta reportagem da Revista Saúde para trazer mais informações sobre o poder das pimentas, sues benefícios, cuidados, receitas. São 4 páginas, a primeira aparece no blog, a segunda é um histórico das pimentas, a terceira fala de várias pimentas e suas diferenças e a última página tem uma receita de chutney de pimenta, com algumas diferenças do chutney do Pimenta com Arte.
na integra http://saude.abril.com.br/edicoes/0325/nutricao/conteudo_574232.shtml?pag=1
Boa leitura!!!!
Além de mitigar dores, a ardência do tempero acelera os batimentos cardíacos, aumenta a produção de suor e de saliva. Em suma, faz o corpo queimar mais energia, sobretudo aquela armazenada na forma de gordura. Esse mérito não cabe somente à capsaicina, mas também à dihidrocapsaicina, que, diga-se, é menos ardida do que sua prima. Prova disso veio da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, também nos Estados Unidos. Ali, um grupo de pesquisadores analisou 33 homens e mulheres obesos: parte deles recebeu placebo e outra parte uma dose de dihidrocapsaicina. Os resultados mostraram que a substância ajudou a torrar entre 100 e 200 calorias extras por dia.
A pimenta também possui propriedades vasodilatadoras, ou seja, ela aumenta o calibre de nossos vasos. Esse efeito dá aquela mãozinha para a circulação sanguínea, melhorando a irrigação inclusive dos órgãos genitais — daí sua fama de afrodisíaca. "Além disso, ela contém poucas calorias e é fonte de vitaminas A, C e do complexo B", lembra a nutricionista Camila Leonel Mendes de Abreu, da equipe de nutrição do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente da Universidade Federal de São Paulo.
A vitamina A é famosa por preservar a saúde dos olhos. Já a C, um dos antioxidantes mais badalados, entra na produção de anticorpos. Finalmente, o time do complexo B, que inclui substâncias que evitam a malformação fetal. Para tirar proveito de todos esses benefícios, a sugestão é apostar nas pimentas vermelhas. "Elas possuem maior valor nutricional do que as verdes", diz Camila.
O único senão para o consumo do condimento vai para as pessoas que sofrem de gastrite. Para esses indivíduos, o conselho é evitar exageros, porque as pimentas financiam a produção de ácido clorídrico, o que pode incendiar ainda mais o cenário estomacal. E, para aqueles que não deixam uma pimentinha de lado, um recado: a capsaicina não é solúvel em água, somente em óleo. Então pouco adianta entornar copos e mais copos do líquido para aplacar a queimação. Nessas horas, prefira alimentos com pitadas de gordura na composição, como um gole de leite, para obter algum alívio.
na integra http://saude.abril.com.br/edicoes/0325/nutricao/conteudo_574232.shtml?pag=1
Boa leitura!!!!
A substância que
lhe dá o sabor picante ameniza as sensações dolorosas e ainda contribui para
queimar os quilos a mais. Fique por dentro de notícias ardentes da ciência por
Lúcia Nascimento
pimenta dedo de moça |
pimenta habanero |
Degustar um prato apimentado deflagra
reações no organismo que vão muito além daquela ardência na língua. Esse
incêndio todo é obra de uma substância encontrada na malagueta, na cumari, na
dedo-de-moça e em outras tantas pimentas: a capsaicina. Em contato com
membranas da boca, do nariz e da garganta, ela desencadeia um sinal de dor
transmitido de célula a célula até chegar lá em cima, na massa cinzenta.
"É a mesma mensagem enviada em casos de queimadura por fogo", afirma
Rita de Cássia Pereira Alves, pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical,
em Fortaleza, no Ceará. O cérebro, aflito, reage produzindo endorfinas — compostos
similares à morfina, que eliminam a sensação dolorosa.
Em outras palavras, a pimenta é uma contradição em forma de fruta (sim, ela é fruta): arde, mas ao mesmo tempo alivia dores. Cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, levaram a pequena incendiária da cozinha para o laboratório e comprovaram sua dupla faceta. Eles isolaram a capsaicina e a associaram a um derivado de lidocaína, um anestésico local usado para operações dentárias e para apagar inflamações. O preparado conseguiu silenciar os neurônios sensíveis à dor. "A capsaicina bloqueia apenas a condução do impulso dolorido. Já os analgésicos tradicionais barram os estímulos de todos os neurônios sensoriais, afetando sentidos como o tato", explica a farmacêutica Isabela Guerreiro, do Rio de Janeiro.
Em outras palavras, a pimenta é uma contradição em forma de fruta (sim, ela é fruta): arde, mas ao mesmo tempo alivia dores. Cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, levaram a pequena incendiária da cozinha para o laboratório e comprovaram sua dupla faceta. Eles isolaram a capsaicina e a associaram a um derivado de lidocaína, um anestésico local usado para operações dentárias e para apagar inflamações. O preparado conseguiu silenciar os neurônios sensíveis à dor. "A capsaicina bloqueia apenas a condução do impulso dolorido. Já os analgésicos tradicionais barram os estímulos de todos os neurônios sensoriais, afetando sentidos como o tato", explica a farmacêutica Isabela Guerreiro, do Rio de Janeiro.
pimenta murupi, da região norte do Brasil
Além de mitigar dores, a ardência do tempero acelera os batimentos cardíacos, aumenta a produção de suor e de saliva. Em suma, faz o corpo queimar mais energia, sobretudo aquela armazenada na forma de gordura. Esse mérito não cabe somente à capsaicina, mas também à dihidrocapsaicina, que, diga-se, é menos ardida do que sua prima. Prova disso veio da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, também nos Estados Unidos. Ali, um grupo de pesquisadores analisou 33 homens e mulheres obesos: parte deles recebeu placebo e outra parte uma dose de dihidrocapsaicina. Os resultados mostraram que a substância ajudou a torrar entre 100 e 200 calorias extras por dia.
A pimenta também possui propriedades vasodilatadoras, ou seja, ela aumenta o calibre de nossos vasos. Esse efeito dá aquela mãozinha para a circulação sanguínea, melhorando a irrigação inclusive dos órgãos genitais — daí sua fama de afrodisíaca. "Além disso, ela contém poucas calorias e é fonte de vitaminas A, C e do complexo B", lembra a nutricionista Camila Leonel Mendes de Abreu, da equipe de nutrição do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente da Universidade Federal de São Paulo.
pimenta de cheiro, da região nordeste do Brasil, deliciosa
A vitamina A é famosa por preservar a saúde dos olhos. Já a C, um dos antioxidantes mais badalados, entra na produção de anticorpos. Finalmente, o time do complexo B, que inclui substâncias que evitam a malformação fetal. Para tirar proveito de todos esses benefícios, a sugestão é apostar nas pimentas vermelhas. "Elas possuem maior valor nutricional do que as verdes", diz Camila.
O único senão para o consumo do condimento vai para as pessoas que sofrem de gastrite. Para esses indivíduos, o conselho é evitar exageros, porque as pimentas financiam a produção de ácido clorídrico, o que pode incendiar ainda mais o cenário estomacal. E, para aqueles que não deixam uma pimentinha de lado, um recado: a capsaicina não é solúvel em água, somente em óleo. Então pouco adianta entornar copos e mais copos do líquido para aplacar a queimação. Nessas horas, prefira alimentos com pitadas de gordura na composição, como um gole de leite, para obter algum alívio.
Dedo-de-moça ( pimenta utilizada pela Pimenta com Arte)
É picante, porém menos ardida do que parentes como
a malagueta. Acompanha bem carnes, peixes e molho de tomate. Pode ser usada em
pratos adocicados, como arroz-doce e chutney